segunda-feira, 23 de abril de 2007

O impacto da popularização das novas tecnologias na produção de conteúdo jornalístico

Com celulares multifuncões (enviam mensagem, acessam internet, tiram foto, gravam imagens), máquinas fotográficas digitais, acesso à internet banda larga, as pessoas têm não só acesso à notícia, mas também a oportunidade de participar de sua elaboração por meio do envio de informações a sites jornalísticos, da postagem de informações e comentários em blogs. Assim, os cidadãos também podem produzir conteúdo e colaborar com os veículos de comunicação, desenvolvendo o jornalismo colaborativo. Com uma câmera ou um celular na mão, o cidadão pode registrar o fato e passar as informações imediatamente para a redação. Cabe a equipe de reportagem checá-las e publicá-las.
Os veículos de comunicação ganham, com a participação dos cidadãos comuns, maior abrangência na cobertura dos fatos jornalísticos, pois podem ter a colaboração de pessoas em diversos pontos de uma cidade, de um estado, de um país, enfim, de qualquer parte do mundo, fenômeno possível com a popularização e globalização das tecnologias. Como exemplo, podemos citar a quantidade de informações originárias da população, que foram recebidas pela BBC de Londres quando aconteceu a explosão das bombas no metrô daquela cidade em 07 de agosto de 2005 e enriqueceram a cobertura do acontecimento com fotos que só poderiam ser tiradas por quem estava lá naquele momento. No mundo, o jornal eletrônico sul-coreano All My News é produzido inteiramente com conteúdo enviado por colaboradores não necessariamente jornalistas. No Brasil, o Estadão recebe fotos de acontecimento e as publica. Há, ainda, o site IG, que tem espaço reservado para matérias de jornalismo cidadão. (Adriano Sanches, Bruno Lofreta, Danilo Dainezzi e Eliane Anjos)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Das trevas veio a luz

Quando cheguei à gravação, procurei não me aproximar muito do repórter, o Fred, tentando evitar um possível receio dos entrevistados, intimados com um número grande de pessoas em torno de uma câmara de TV. Assim, fiquei observando as abordagens, ficando de prontidão para uma possível troca ou revezamento de repórteres. Não foi o caso. Assim que passou das 19 horas, começou a anoitecer na av. Paulista, o que nos fez parar a gravação e decidir se terminaríamos naquele momento ou se pegaríamos a iluminação. Decidimos pela segunda, tanto para ter essa experiência de gravação noturna, como para ter um maior número de fontes para a edição. A experiência que tivemos foi de uma maior intimidação por parte dos entrevistados, já que além de um grupo de alunos, de uma câmera de TV, havia, também, um forte “holofote” em suas caras. Mas, apesar do peso que tive que carregar com a iluminação e com a pesada bateria, foi uma experiência bacana tanto do lado noticioso, quando ouvimos as opiniões dos circulantes, como também pela parte técnica de se realizar uma matéria de telejornalismo.

Danilo Dainezi

Vídeo Povo-fala

terça-feira, 10 de abril de 2007

De cabeça na lauda

Sobrou para mim a cabeça da matéria, que vai na lauda do apresentador. Bom, tratar do tema aborto, assim, do nada, não dá. Parti do anúncio do novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão defendendo um plebiscito sobre aborto. Aliás, há um projeto na Comissão de Justiça do Senado sobre o assunto. Lembrei também que no dia 11 de fevereiro, Portugal votou favoravelmente ao aborto Mencionei que o aborto é permitido em caso de estupro e risco de morte da mãe. Isso só pra não entrar de sola no assunto. Agora, se quiser saber o que o povo acha: dê uma olhada no vídeo que nós postamos.
Apuramos no final da matéria que 54% dos entrevistados são contra o aborto, 18% a favor e 28% são a favor somente em casos de estupro ou risco de morte para a mãe. (Bruno Lofreta)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Entre Cortes e Deixas

Fizemos a loucura de marcar a edição para o dia seguinte da gravação. Tudo pela disputa do laboratório de edição. Eu tinha assistido uma vez só o vídeo sem marcar os pontos de edição. Aí, foi que veio o grande desafio: fazer um mergulho certeiro de uma hora na sala de edição para marcar todos os pontos importantes, estabelecer a ordem dos depoimentos, intercalar as opiniões contrárias e favoráveis ao aborto e se divertir com as diversas tentativas populares de falar “estupro”. Êta palavrinha difícil!. Depois disso, só foram meia hora de cortes daqui e cortes dali, com a experiência do Claudinei. O Adriano chegou para me dar uma luz nas escolhas mais difíceis. Uma hora e meia depois estava tudo resolvido, fita editada, trabalho feito e eu aliviada. (Eliane Anjos)

terça-feira, 3 de abril de 2007

Meu primeiro povo fala: cinegrafista é meu professor

No começo, pela falta de experiência, eu abordava as pessoas questionando se eu poderia fazer uma pergunta para um trabalho de faculdade e, se elas aceitassem, perguntava à elas se eram a favor do aborto, a favor da legalização do aborto.

Tal método não se mostrou muito bom e o cinegrafista sugeriu que eu abordasse com a pergunta direto, assim mesmo que o entrevistado não tivesse tempo ele acabaria dizendo algo antes de ir embora. Outros conselhos foram: perguntar "Qual a sua opinião sobre aborto" em de "Você é a favor do aborto" para evitar que o transeunte fosse induzido; inserir a pergunta: "Você já conheceu alguém que praticou aborto?"; e de me posicionar a frente da pessoa para evitar que ela falasse andando e fosse embora.

Com estes conselhos e com o decorrer da filmagem – em que peguei mais familiaridade com o ato de abordar/entrevistar pessoas na rua – conseguimos obter respostas interessantes para um tema que apesar de batido é factual. (Frederico Antonelli)