É lá que Harvey encontra Kate pela primeira vez. Ela estava fazendo uma pesquisa com os passageiros. Ele acabava de chegar dos Estados Unidos, quando ela lhe perguntou se podia responder um questionário. Pior pergunta para se fazer para quem está com jet lag ou coisa parecida; "Estou cansado", respondeu.
O músico estava lá para o casamento da filha Susan. Distante de sua cria, ele perdeu o posto para o segundo marido de sua esposa, Brian, a ponto de Susan convocar o padrasto para levá-la ao altar. Com problemas no trabalho, Harvey mal teria tempo de assistir à cerimônia e muito menos para ficar para a festa de casamento. Tinha de voltar para os Estados Unidos para produzir jingles de comercial.
Um trânsito alucinante, mais para Nova Iorque que para Londres, o faz perder o vôo. Consequentemente, o emprego foi embora. Para afogar o péssimo dia, Harvey entra no bar do aeroporto e pede um Johnnie Walker. Abelhudo, percebe que a pesquisadora com quem tinha sido grosso no dia anterior estava lá. Pede desculpas à Kate e insiste em engrenar uma conversa. Tímida, atormentada pelos constantes telefonemas da mãe, ela desconversa. Por pouco tempo. Ele não desiste e acaba conquistando a moça.
Harvey a segue até o metrô, a acompanha ao curso de redação e a uma longa caminhada ao longo do Tâmisa. Ao fundo, lugares turísticos como o Big Ben, a Golden Bridge, o London Eye, roda gigante imensa que dá olhos a Londres. O casal desfruta da ampla calçada no lado Southwark, a parte mais pobre e cultural de Londres, onde ficam o Shakespeare´s Globe, o Tate Modern, o Aquarium e principalmente os artistas de rua. Kate e Harvey até param para curtir um grupo de rock adolescente. Uma batida para lá de típica na terra dos Beatles.
Kate se entrega ao carisma de Harvey. Ambos, deslocados no ambiente em que vivem, se encantam com a conversa de uma tarde toda. O papo se estende até á noite, na festa de casamento de Susan. O filme focaliza o charme da conquista. Nisso, Harvey é mestre... "Is this a hopeful signal", repete incansavelmente o conquistador otimista quando Kate dá um sorriso ou demonstra que vai ceder. As trapalhadas prosaicas do casal arrancam risos do público... E meus também. Afinal, valeu a pena!