sexta-feira, 22 de junho de 2007

Multilinguagem, multimeios para multirepórteres.

As novas tecnologias trouxeram possibilidades de criação e tratamento para os mesmos conteúdos. Uma webreportagem, por exemplo, além da linguagem escrita adaptada à web (objetiva, rápida), se faz também com vídeos, seqüências de fotos, podcasts, ou seja, é possível recorrer à linguagem escrita, à imagem e ao som, ao mesmo tempo, para criar conteúdo para a web.

Com tantas possibilidades de trabalhar o texto jornalístico, as redações tradicionais vão alterando o seu modus operandi, pautando-se pela relação usuário, web e jornalista. A redação do Daily Telegraph, por exemplo, com uma grande tela da homepage do site do jornal mostra aos jornalistas o que está despertando mais o interesse do leitor e se trabalha com um olho na matéria e o outro no site. Além disso, as novas tecnologias também permitiram que as redações ficassem cada vez mais antenadas na concorrência, no que está sendo publicado na sua cidade, no seu país e no mundo. Muito além do que poderia atingir um jornal impresso, o website tem uma abrangência global, pode ser lido, criticado, comparado, o que acaba influenciando na produção de conteúdo.

A relação novas tecnologias e redação não param por aí. Uma redação como a da revista Superinteressante desenvolveu um ARG (Jogo de Realidade Alternativa) para explicar aos seus leitores como funcionava esse jogo, modificando a relação leitor/revista, leitor/leitor e leitor/conteúdo. Os leitores passaram a interagir com o conteúdo da revista a partir da internet, os jornalistas, além de conteúdo ajudaram a produzir ações e incentivar o relacionamento entre seus leitores, que se comunicavam pela web, e entre estes e o conteúdo, já que os leitores tinham de resolver enigmas para seguir adiante no jogo. Em vez de explicar em texto, as novas tecnologias permitiram a construção de uma vivência interativa do conteúdo. A redação montou um cenário na realidade para dar suporte ao jogo virtual, a ponto dessa produção virar notícia dos jornais mais importantes do país. O acontecimento: uma manifestação de árvores contra a atuação da Arkhos Biotec, empresa fictícia criada para o ARG, que teria intenções de comprar a Amazônia. A manifestação, que aconteceu em visita do presidente Bush ao Brasil, foi tomada como verdadeira por diversos veículos de comunicação e acabou com um entusiasmado discurso do senador Arthur Virgílio no Congresso Nacional, repudiando a ação da empresa. A ficção do jogo virtual virou notícia.

Os jornalistas não pertencem mais exclusivamente a um meio, impresso ou online, escrevem em várias plataformas, utilizam diferentes ferramentas para produzir conteúdo. Ao mesmo tempo que são autores dos textos impressos, atuam como cinegrafistas, fotógrafos, realizam seus próprios podcasts, são multiprofissionais. (Adriano Sanches, Bruno Lofreta, Danilo Dainezi, Eliane Anjos e Frederico Antonelli)

Como novas tecnologias têm influenciado a produção de conteúdo em redações tradicionais.

Como novas tecnologias têm influenciado a produção de conteúdo em redações tradicionais.

Multilinguagem, multimeios para multirepórteres.

As novas tecnologias trouxeram possibilidades de criação e tratamento para os mesmos conteúdos. Uma webreportagem, por exemplo, além da linguagem escrita adaptada à web (objetiva, rápida), se faz também com vídeos, seqüências de fotos, podcasts, ou seja, é possível recorrer à linguagem escrita, à imagem e ao som, ao mesmo tempo, para criar conteúdo para a web.

Com tantas possibilidades de trabalhar o texto jornalístico, as redações tradicionais vão alterando o seu modus operandi, pautando-se pela relação usuário, web e jornalista. A redação do Daily Telegraph, por exemplo, com uma grande tela da homepage do site do jornal mostra aos jornalistas o que está despertando mais o interesse do leitor e se trabalha com um olho na matéria e o outro no site. Além disso, as novas tecnologias também permitiram que as redações ficassem cada vez mais antenadas na concorrência, no que está sendo publicado na sua cidade, no seu país e no mundo. Muito além do que poderia atingir um jornal impresso, o website tem uma abrangência global, pode ser lido, criticado, comparado, o que acaba influenciando na produção de conteúdo.

A relação novas tecnologias e redação não param por aí. Uma redação como a da revista Superinteressante desenvolveu um ARG (Jogo de Realidade Alternativa) para explicar aos seus leitores como funcionava esse jogo, modificando a relação leitor/revista, leitor/leitor e leitor/conteúdo. Os leitores passaram a interagir com o conteúdo da revista a partir da internet, os jornalistas, além de conteúdo ajudaram a produzir ações e incentivar o relacionamento entre seus leitores, que se comunicavam pela web, e entre estes e o conteúdo, já que os leitores tinham de resolver enigmas para seguir adiante no jogo. Em vez de explicar em texto, as novas tecnologias permitiram a construção de uma vivência interativa do conteúdo. A redação montou um cenário na realidade para dar suporte ao jogo virtual, a ponto dessa produção virar notícia dos jornais mais importantes do país. O acontecimento: uma manifestação de árvores contra a atuação da Arkhos Biotec, empresa fictícia criada para o ARG, que teria intenções de comprar a Amazônia. A manifestação, que aconteceu em visita do presidente Bush ao Brasil, foi tomada como verdadeira por diversos veículos de comunicação e acabou com um entusiasmado discurso do senador Arthur Virgílio no Congresso Nacional, repudiando a ação da empresa. A ficção do jogo virtual virou notícia.

Os jornalistas não pertencem mais exclusivamente a um meio, impresso ou online, escrevem em várias plataformas, utilizam diferentes ferramentas para produzir conteúdo. Ao mesmo tempo que são autores dos textos impressos, atuam como cinegrafistas, fotógrafos, realizam seus próprios podcasts, são multiprofissionais.